Dicas



Resistência e fixação

Quem não conhece a fundo, acredita que o drywall compõe paredes e forros frágeis. Mas isso não é verdade, pois tanto a estrutura metálica quanto as placas seguem critérios de resistência mecânica e física da ABNT, com regras também sobre montagem. Todo o sistema responde às vibrações, tração de portas e movimentação natural das construções. A sustentação de objetos pesados, caso de bancadas, é assegurada no projeto que receberão mais carga, entram em cena as buchas e os parafusos próprio. Em resumo, o sistema não é menos seguro que a alvenaria comum e a tecnologia vem ganhando a confiança das pessoas. De acordo com pesquisa de satisfação em Porto Alegre, realizada por diversas construtoras, 74% dos moradores declaram que indicam o drywall. O mesmo acontece com arquitetos e outros profissionais, que o vêem como solução em varias situações e passam a sugeri-lo a seus clientes, ajudando a desmitificar esse jeito de construir.

As placas suportam a colocação de portas?

Sim, para isso é preciso preparar a montagem estrutural. Onde será fixado o batente, são colocados montantes e uma verga metálica na parte de cima do vão. O batente pode ser preso com parafuso (e então é mantido um reforço) ou espuma de expansão. Nesse segundo caso, melhor adotar montante duplo ou perfil de aço e chapas mais grossas (0,95mm) que as utilizadas em perfis normais (0,50mm). Em portas de correr, as vergas recebem trilhos. Para ocultar a folha corrediça, a solução é fazer à frente dela uma segunda parede simples

Como se comporta em ambientes sujeitos a vibrações e impactos? As paredes agüentam um chute ou a batida de um móvel?

Projetado para absorver as movimentações naturais, o drywall passou em testes de impacto e cumpre as normas de desempenho da ABNT. Os fabricantes asseguram que o material resiste a trombadas sem danos e não é fácil de ser derrubado. Também não apresenta patologias frente a impactos do dia a dia, como batidas de porta.

Posso embutir bancada de mármore ou granito?

Claro. Peça assim, que chegaram a pesar mais de 60kg por m2, exigem reforço no interior do drywall. Trata-se de um pedaço de madeira ou chapa metálica preso entre dois perfis verticais de aço – os mesmos onde é parafusado o gesso. Depois da parede fechada, mãos-francesas cuidam de sustentar a bancada.

Como fixar quadros e espelhos?

Todo objeto que pesa até 10kg pode ser preso no gesso. Se tiver entre 10 e 18kg, convém instalá-lo nos perfis. Acima disso, deve-se aplicar o reforço ou distribuir a carga. Isso porque a distância máxima entre dois montantes é de 60cm, e cada um deles suporta 18kg. Se o espelho tiver essa largura e pesar até 36kg, a carga total será dividida entre os dois perfis.

Num apartamento novo, como descobrir a resistência das paredes drywall?

O manual do proprietário ou o memorial descritivo do imóvel demarcam os reforços existentes. Na cozinha, eles geralmente aparecem por toda extensão em que se caibam armários. As construtoras acompanham os pontos de sustentação padronizados pelos fabricantes de moveis. Na ausência do memorial, é preciso abrir as placas, caso não haja reforços de madeira ou metal, deve-se fazê-los na altura em que se quer fixar os armários.

Quanto tempo duram as placas? Existe garantias?

A durabilidade depende de varias circunstancias, como o local de instalação. A vida útil aumenta se preservada do contato direto com água e não receber agressões físicas pontuais (martelo). Os fabricantes dão cinco anos de garantia para serviços e materiais instalados conforme as especificações do manual.

Qual a diferença entre o forro de gesso normal e o de drywall?

Por conter uma estrutura metálica, o drywall é mais resistente. O comum, com plaquinhas de gesso penduradas e chumbadas, oferece mais risco de surgimento de patologias devido a movimentação natural da edificação. Existe ainda um tipo intermediário, o FHP, que é semi-industrializado e dispensa a parte metálica. O acabamento não é tão primoroso quanto o forro drywall, mas sua qualidade é superior ao comum.f

Conforto termoacústico

Testes de acústica garantem que o drywall consegue barrar a passagem de barulho mesmo sem nenhum tipo de recheio isolante. Prova da eficiência está no sucesso desse sistema, muito empregado em home theaters, estúdios de som e casas de espetáculos. Ainda assim, há moradores com receio de ouvir os passos do apartamento de cima ou a música alta dos vizinhos, por isso incrementam paredes e forros com mantas minerais (lã de vidro) ou placas duplas. O tipo mais indicado varia de acordo com a intensidade do som que se deseja bloquear, e acaba servindo também para aumentar a qualidade térmica da casa, mantendo sustentável a temperatura dos ambientes.

Como obter um bom desempenho acústico?

É preciso interromper a passagem de ondas sonoras entre os cômodos e absorver o som, evitando que ele reverbere dentro de um espaço fechado. Para isso o barulho deve encontrar pelo caminho meios rígidos e flexíveis, a exemplo das camadas de lã de vidro ou de rocha aplicadas entre as placas de gesso. Além de paredes e forros, não deixe de apostar na boa vedação de portas e janelas.

Devo preferir a lã de rocha ou de vidro?

Ambas têm capacidade termoacústica semelhante. Quanto mais impacto, maior a densidade e eficiência do material. O ideal é que a espessura seja semelhante à profundidade dos montantes, assim o vão fica totalmente preenchido. Para perfis de 48mm opte por lã 50mm. Para perfis de 48mm opte por lã 50mm. Para os de 70mm o melhor é a lã de 75mm. Já os perfis de 90mm devem ter isolante de 100mm.

Em regiões de temperatura baixa, as placas de gesso mantêm os ambientes gelados? Não. Os forros e as paredes de drywall têm características térmicas que ajudam a estabilizar a temperatura e evitam a passagem de ondas de frio para os ambientes. Se incrementados com lã de rocha ou de vidro, essa qualidade aumenta.

Solução Versátil

A agilidade e a racionalização da obra fizeram a fama do drywall, mas as possibilidades que ele oferece não param por aí. Nas mãos de arquitetos, engenheiros e designers de interiores criativos, as placas de gesso aproveitam os mínimos espaços da planta e compõem paredes e forros sinuosos, prateleiras, nichos decorativos ou que embutem eletrodomésticos. O sistema facilita a manutenção das partes elétricas e hidráulicas, pois um corte simples no painel dá acesso aos fios e canos. Embora não funcione como acabamento, o gesso apresenta superfície plana e dispensa as etapas de reboco e massa corrida, o que reduz bastante o tempo de execução. Para quem precisa enxugar o orçamento, o método mostra-se vantajoso especialmente quando substitui moveis fixos (aparadores e mesas), considerando que a marcenaria representa um dos pontos mais onerosos da obra.

O drywall aceita acabamentos mais pesados, como pedras?

Ele admite qualquer tipo de revestimento. Ao optar pela tinta, cubra antes a superfície com fundo preparador. Para recobri-lo de materiais pesados, a estrutura metálica deverá trazer cantoneiras na horizontal para distribuir a carga pelos montantes. No assentamento, use argamassas AC II, AC III (mais flexíveis).

Como criar nichos com drywall?

Os técnicos usam perfis metálicos em formas de U, que são recobertos pelas placas de gesso. Caso se queira iluminação embutida, a fiação vem antes da placa frontal.

Qual o segredo das paredes curvas?

Os montantes devem ficar aproximados (a cada 20cm, e não a 60cm de distância, como é usual), sobre guias curvadas manualmente (curtes nas laterais geralmente a mobilidade). Umedecida, a placa fica flexível e pode ser envergada. São necessários dois instaladores, um para segurar a peça e outro para parafusá-la no perfil. Em seis horas ficam prontos 8m2.

À prova de umidade

Paredes de ambientes como banheiros, cozinhas e lavanderias também podem ser feitas de drywall, desde que o local onde passa o encanamento receba placas verdes (RU), que trazem silicone na fórmula. Esse tipo é bem-vindo inclusive em boxes, tem absorção mais lenta em relação às demais peças, mas não dispensa a impermeabilização do piso e da parede (até 15cm de altura), evitando a umidade ascendente. Nos demais lugares do cômodo, basta adotar as placas tradicionais. A vantagem desse método construtivo é a facilidade de acesso à rede hidráulica, simplificando o reparo de vazamentos – detectados mais rapidamente do que se estivessem na alvenaria. Em espaços descobertos, recomenda-se usar perfis de aço com fechamento de placas cimenticias, resistentes às intempéries.

As placas resistentes à umidade encarecem a obra?

Cada m2 de placa verde vale cerca de R$8,00 a mais que a branca. Um ambiente todo fechado com ela custa cerca de 15% a mais.

Que tipo de impermeabilização o sistema exige?

O piso recebe manta asfáltica ou polimérica, alcançando cerca de 15cm de altura na base da parede. Mas vale lembrar que todos os sistemas construtivos devem seguir esse procedimento para pisos laváveis.

Qual o processo de reparo nas instalações?

Um recorte na placa de gesso, feito com serrote, dá acesso aos canos. Depois do conserto, recomenda-se fazer teste de estanquidade na tubulação (verificar se o encanamento está bem vedado e resiste à pressão da água). Para o fechamento, é possível usar o mesmo pedaço de placa, desde que em perfeito estado, ou então comprar outra avulsa. Faz-se um novo tratamento de juntas, aguarda-se o prazo de 24 horas de secagem e a parede está pronta para o acabamento.

O drywall pode ser usado em saunas?

Não por causa do vapor excessivo e ininterrupto – diferente do produzido em cozinhas ou banheiros. Nesse ambiente, o correto é adotar placas cimentícias.

Se surgirem trincas, preciso chamar especialista?

Elas não tem relação com exposição à umidade. Se ocorrerem em diversas juntas, indica montagem incorreta e exigem análise de um técnico qualificado. Se for pontual, o procedimento é simples: lixamento e reparo com massa corrida, látex PVA ou acrílico.

Solução Atraente

Quem inicia uma obra espera que ela seja rápida, silenciosa e cause o mínimo de sujeira e entulho. Pois o drywall, montado com placas de gesso e perfis de aço tem o mérito de racionalizar reformas e construções, minimizar o desperdício e acrescentar qualidade termoacusticas a paredes e forros. Aos poucos, os brasileiros vão se rendendo a esse método de construir. Em 2007 o consumo no pais aumentou em 25% em relação ao ano anterior, sendo que 60% dessa cifra corresponde a moradias. As construtoras adotaram o drywall por ser mais leve e otimizar a obra, os arquitetos, por sua praticidade em reformas e por soluções de acabamento que seriam mais difíceis de resolver com alvenaria ou gesso comum (caso de paredes e forros curvos, nichos e recortes). Acompanhe os usos e as características do material, dicas sobre projeto e instalacao e leia as respostas para as principais duvidas sobre o tema.

Forros em destaque

Elemento importante na arquitetura das construções, o forro além de embutir a iluminação e delimitar os ambientes, esconde estruturas e equimamentos como dutos de ar condicionado. Com rebaixos, recortes, retos ou curvos, e até inclinados, os forros, assim como as paredes de drywall não tem função estrutural. As placas de gesso parafusadas em perfis de aço são suspensas por tirantes de metal fixados na laje de concreto, em estruturas metálicas ou de madeira. Conforme o numero ou o tipo de placas, varia o desempenho acústico do forro, que também pode ser incrementado pelo uso de manta isolante. Apropriados para ambientes internos, os forros de drywall também resistem em varandas ou beirais protegidos, mas, por não suportar umidade constante, não devem ser utilizados em áreas de sauna ou piscina.

Quais suas vantagens em relação ao gesso comum e à laje?

Principalmente o tempo de execução, pois pessoas fazem 30m² em um dia. A sujeira é mínima em relação ao gesso normal, fica reduzida ao pó do corte. Alem disso e produção do material dos gesseiros não tem controle ou padrão, ao contrário das placas para drywall, que seguem normas e especificações de fábrica. A laje de concreto deve ser utilizada quando for preciso suportar pessoas andando ou outro piso de construção, pois o drywall não é estrutural.

Os forros de gesso suportam varal de roupa?

Sim, se for utilizada a bucha adequada e o local dos furos for correto (a 40cm de distância um do outro). E, dependendo do tipo de varal ou do objeto a ser suspenso (se for muito pesado), exige-se reforço de madeira, do mesmo tipo usado em paredes.

Área molhada, obra seca

Banheiros, cozinhas, lavanderias e áreas de lazer, todos ambientes internos, aceitam muito bem o drywall. Basta que sejam feitas as impermeabilizações necessárias em qualquer sistema construtivo e as placas de gesso estarão protegidas da umidade. Instalada por dentro das paredes, a parte hidráulica ganha fácil acesso para os reparos e os vazamentos são rápidamente detectados – na alvenaria eles podem estar mais longe do ponto onde aparece a umidade. Um modelo especial de placa, a verde, com silicone na composição é mais ainda resistente nestas áreas molhadas. Em seu lugar também pode ser utilizada a placa cimenticia. Feita de um material resistente ao tempo, ela pode ser usada para áreas externas de construções leves erguidas com perfis de aço ou de madeira

O material tem tratamento antimofo?

Fungicidas já fazem parte da massa das placas de gesso.

O drywall exige outro tipo de instalação hidráulica?

Elas são bem parecidas com as tradicionais. O ideal é utilizar tubulações flexíveis (PEX) e conexões tipo a ponto, sem emendas no interior da parede. No entanto, os canos de PVC – também adequados – ainda são muito utilizados. Se o encanamento anterior for de cobre, proteções plásticas envolvem os canos para evitar a corrosão provocada pelo contato com o perfil de aço.

 
Av. Colombo, 10667 - KM 130 - Maringá - PR | Fone: 44 3046-7979